segunda-feira, 18 de novembro de 2013


“In contrast to preaching the demands of duty and doctrine alone, relishing the gracious provision God consistently makes throughout Scripture for people like us, despite our sin and inability, stimulates true humility, gratitude, sacrifice, obedience, and praise in us. We live to honor God in response to the love He has shown us, more than we live to benefit earthly priorities of selfish gain. Heaven’s priorities become our own because expressing love for the One who first loved us becomes our greatest delight and deepest satisfaction. Gratitude to Him becomes the basis of Christian ethics and compassion as we love what and whom He loves – the unlovely, the oppressed, those different, and all created.”
Excerpt From: Ed Stetzer. “Christ-Centered Preaching & Teaching.” iBooks.

domingo, 27 de outubro de 2013

Crer vs. Acreditar

Assistindo uma partida de futebol é fácil notar quanto a crença exerce uma participação notável na vida dos jogadores. Um sinal da cruz ao entrar em campo, um toque "supersticioso" na grama, um levantar das mãos para o céu, um toque na testa em sinal de reverência; cada uma dessas expressões sugerem uma conexão forte entre o esporte e a religião ou a crença. Mas uma pergunta vem a mente ao notar tal importância na vida desses atletas: 

Quanta influencia ou convicção essas crenças exercem na vida pessoal dessas pessoas, ou melhor dizendo, quanta influencia e valor o simbólico tem sobre a realidade?

- Há varias citações na Bíblia sobre a diferença entre crer e acreditar. Serei ousado ao tentar definir o que essas palavras significam para mim diante da experiência vivida na religião como pastor e na fé como discípulo de Jesus Cristo. (Não acredito nessa dicotomia, mas por questão de exemplo)

- Crer é aplicar a própria vida de uma forma integral, relevante e constante as convicções cridas mediante a fé ao ponto de não haver uma distinção entre uma e outra.

- Acreditar é adaptar ou fazer uso de conceitos e percepções cridas por outros ou vividas a partir da experiência de outro para a própria realidade, integrando-as ou ignorando-as de acordo com o valor ou resultado das mesmas.

Vou analisar somente uma passagem para testar essa tese:

"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação." Romanos 10:9-10

A palavra "creres" aqui no grego original é "pisteuō" que significa: confiança de que um homem é impelido por uma certa prerrogativa interior e superior e lei da alma.

Ou seja, não significa somente uma sistema de valores, doutrinas ou dogmas que um adere para trazer certos resultados ou paz de espírito e alma; e sim uma convicção interna persuadida por uma força maior (Espírito Santo - 3 pessoa da Trindade) levando o homem a uma mudança que produz frutos externos. 

É o que a teologia vai chamar de regeneração, uma transformação interna que não somente visa produzir valores religiosos e verdadeiros mas um mudança integra e completa em cada indivíduo.

Não estou tentando diminuir o valor de alguém que simplesmente acredita, mas desejo trazer a mente e colocar por avaliação o "acreditar" como um meio e não um fim. Há um certo significado nos atos simbólicos que demonstram uma crença, mas se estes atos não influenciam a vida e não se traduzem em frutos evidentes de mudança e compreensão ontológica e metafísica, eles perdem seu valor.

Acreditar é bom, mas não é ideal. Crer é o melhor caminho, mas se este estiver desconectado ou desviado de uma transformação nítida e consistente de vida que traduzem os valores da crença, as definições se misturam e o resultado é superficialidade e falta de profundidade. A vida do crente se torna insignificante e irrelevante; a frustração encontra uma pista de pouso no coração carente por algo mais consistente.

Creia e permita que o que você crê se torne um com você.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Autoconsciência como Atributo Humano

"Da mesma maneira como o umbigo humano, considerado por si mesmo, pareceria sem sentido, porque só pode ser compreendido a partir da pré-história, ou melhor, da história pré-natal do homem, como sendo um "resto" no homem que o transcende e o leva à sua procedência do organismo materno, no qual estava contido, exatamente desta mesma forma a consciência só pode ser entendida em seu sentido pleno quando a concebermos à luz de uma origem transcendente" 
Viktor Frankl

segunda-feira, 15 de julho de 2013

pequenas coisas, GRANDES DIFERENÇAS...

Coisas pequenas fazem grandes diferenças..
Queria compartilhar com vocês algumas coisas pequenas que a minha amada esposa fez por mim hoje, que as vezes desprezamos e não damos a atenção ou o valor devido. Elas podem nos ajudar muito no relacionamento conjugal e nos ensinar a valorizar uns aos outros:
Hoje é feriado aqui no Japão e como de costume tentamos ter um tempo em familia e sair com as meninas para fazermos alguma coisa. Este dia foi diferente pois a nossa filha mais velha fez aniversário e aproveitou para sair com suas amigas para comemorar. Na hora de busca-la, o local ficava exatamente dentro de um shopping e decidiram aproveitar e levar as minhas filhas mais novas para um passeio (em familia).
Já pensou a cena dentro de um shopping com 7 mulheres? Pois é, eu estava fadado a essa tarefa! (Algum homem pode dizer ai "Misericórdia"?).
Sei que já estou falando demais, mas o que ocorreu foi que ela me liberou de ir e resolver algumas coisas pendentes do ministério. O seu primeiro ato significante, afinal de contas, nenhum homem merece um shopping com um comboio de 7 meninas doidas por uma promoção (alguém pode dizer amem?)
Ao chegar em casa, como todo homem primata com fome de morrer, as 7 mulheres ainda se encontravam tomando o meu sofá predileto na sala e todos
os lugares prediletos do recanto do guerreiro.
Perguntei pela janta e percebi que não havia nenhum plano para essa esperada tarefa. Subi, tentando escapar dos tratados sobre unha, cabelo e as ultimas promoções do ano e o quanto era necessária a presença de um certo "visa" nas próximas passadas por lá. E por minha grande surpresa minha amada esposa preparou a janta e estava pronta a levar para mim no meu esconderijo...
Brincadeiras a parte, e todas acima se enquadram nisso, pequenas coisas de fato fazem grandes diferenças! Quantos homens talvez chegariam em casa quebrando tudo, reclamando da falta de atenção e provisão estomacal, perguntando sobre quantos milhares de dinheiro foram gastos no passeio e bicando pela falta de consideração e cuidado com eles?
Prestar a atenção em pequenas coisas nos levam as vezes a grandes distancias relacionais, e nos fazem valorizar coisas que as vezes passam despercebidas...

terça-feira, 21 de maio de 2013

Ministros de uma Nova Aliança

Um dos capítulos e textos mais formidáveis da Bíblia se encontra na Segunda Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 3.  Gostaria de abraçar esses versículos e transformar essa revelação profunda da palavra de Deus em palavras de uso prático para todos nós nos dias de hoje:

3:2
A marca de um ministério saudável e frutífero esta nas pessoas produzidas e marcadas por esse ministério.  Elas se tornam o próprio marketing do ministério e assim sendo de Cristo.

3:3
Todo discipulado tem registros humanos. Não há como alguém ser discipulado por Deus, o processo de Deus sempre passa pelo ministério de homens. Se alguém almeja ser discípulo de Jesus, precisará ser discípulo de um discípulo dele.  Não fomos feitos para a solidão, mas para sujeitar-nos uns aos outros em amor.

3:4
Tudo que Jesus conquistou na cruz é uma referência para o discipulado. O que representamos, almejamos e desejamos para nossos discípulos e igreja é que toda transformação seja feita por intermédio de Cristo e como objetivo a glória de Cristo.  Somos os instrumentos, mas a glória é toda dele.

3:5
Todas as ferramentas, estratégias, modelos e parâmetros necessários para o discipulado precisam estar enraizados na palavra de Deus, que é a nossa bússola para o discipulado. Nossa capacitação vem de Deus e o resultado é Ele quem produz.  Estejamos felizes em ser parceiros nesta obra.

3:6
Precisamos decidir exaltar as maravilhas de Deus. Precisamos abandonar o evangelho da condenação e da disciplina e aplicar aquilo que em sua essência ele é: boas novas. Somos ministros de uma nova aliança, qual aliança? Aquela descrita em Jeremias:

Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
Jeremias 31:33-34




Isso é novidade de vida, isso é boa nova. A vida de Deus habita dentro de nós e tudo aquilo que não exalta e reflete o caráter de Deus em nós; a falta de alegria, o serviço em amor, a compaixão e a empatia, precisa ser extirpado.


3:7
É isso que o mundo precisa ver, um povo marcado pela glória de Deus e que testemunha os seus milagres e prodígios todos os dias. Um povo que tem na ponta da língua a gratidão e no agir a graça e o amor exuberante de Deus cravado em suas consciências e relações.


3:12
Deus precisa ser exaltado em meio ao seu povo e lembrado em todos os lugares que fomos. Precisamos ter ousadia no falar e coragem no interagir com pessoas que não reconhecem a glória de Deus que está sobre toda a terra. Como ouvirão se não há quem fale? Como se converterão se não há quem pregue?


3:16
O véu da religiosidade, da falsidade, do relativismo e da indiferença precisa ser removido urgentemente do meio do povo de Deus e da igreja. Refletimos uma glória extraordinária, um peso está sobre nós e podemos verdadeiramente fazer obras maiores do que Jesus fez. Se simplesmente tivermos a ousadia de experimentar um pouco dessa glória e romper com os limites racionais do nosso ser. Se decidirmos acreditar e confiar que Deus é de fato um Deus de milagres e que Ele deseja muito abençoar e cuidar dos seus filhos. Que Ele almeja em libertar os cativos, trazer paz ao confuso e cura ao cansado. Se somente desejarmos tocar no sobrenatural, pode haver a possibilidade de tirarmos o véu da culpa, razão e justiça própria.


3:18
O rosto descoberto revela o desejo do coração de Deus de sermos filhos transparentes que não se envergonham do evangelho e não deixam de se submeter em santidade ao Deus que é luz. Também revela o desejo de que a regeneração em nosso interior seja completo e todos possam ver a realidade do Cristo ressurrecto em cada um de nós. Quando isso acontecer as possibilidades aumentaram e o Reino virá sem demora.


























segunda-feira, 8 de abril de 2013

Dizimar como um ato de Justiça

“Dizimar como um ato de Justiça” 

Texto: Mateus 3:13-17

Introdução: O texto nos demonstra um Jesus obediente e cumpridor de princípios bíblicos. É claro que Cristo sendo santo, perfeito e puro não havia necessidade de ser batizado, afinal de contas, o batismo em sua essência é um ato público de arrependimento de pecados. Sendo Jesus sem pecado (Hb 4:15), não havia tal necessidade. Mas ele foi circuncidado no Oitavo dia, como cumpridor da lei, e batizado aos trinta anos de idade, como cumpridor da nova aliança.

1- Todas as vezes que optamos pelo menos invés do mais, cometemos a injustiça.

O dizimo, como princípio bíblico do Antigo Testamento, tem causado muitos questionamentos nos nossos dias. Muitos teólogos, pastores e membros de igreja tem negligenciado esse princípio devido a percepções errôneas a cerca do seu sentido e propósito. Se por capricho religioso, teologia ou filosofia, conceito ou sofisma determinamos optar pelo menos invés do mais nas questões de generosidade e partilha, já cometemos a injustiça. Estamos indo em direção contrária a Cristo que disse que “melhor coisa é dar do que receber” Atos 20:35.

Em Mateus 5:43-44, Jesus nos demonstra essa elevação do patamar: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;”. A lei como referência nos ensina a amar quem amamos, a graça como novo padrão nos ensina a amar quem nos odeia.

Se podemos comprovar que a graça é essa nova entrega e compromisso com a vida, então todos os princípios devem ser elevados ao mesmo nível, inclusive o da generosidade. Portanto, dizimar não é mais um padrão a ser correspondido, mas uma referência ou ponto de partida a ser aumentado.

O maior problema disso tudo é pessoal. Não tenho um testemunho de alguém que decidiu negligenciar esse princípio em propósito de ir além dele em sua generosidade. Nunca tive um membro da minha igreja dizer que não acreditava mais em dizimar e que o dízimo era uma questão da lei, que tomou uma postura ou decisão de viver pela “graça” e elevar o seu patamar de generosidade. Todos que decidiram isso, transferiram o princípio para a ganancia e usaram do recurso para si mesmos.

2 – Jesus nos ensina que dizimar é fazer justiça.

Neste texto em Mateus 3:13-17, Jesus nos ensina uma nova forma , uma nova ótica de aproximação ao princípio do dízimo; Ele declara que cumprir o princípio é um ato de justiça.

Justiça é o exercício ou prática do que é de direito. Fazer justiça, biblicamente falando, é aplicar a lei.

O Apóstolo Paulo nos ensina algo muito importante em Gálatas 3:24 “A lei nos serviu de tutor (aio), para nos conduzir a Cristo”. O que ele está nos ensinando é que não há como abandonar a lei ou ignorá-la para termos uma experiência com a graça, pois a lei nos demonstra o pecado que nos afasta de Deus revelando a necessidade de reconciliação e salvação (2 Coríntios 5:17-21).

Isso, de fato, quer dizer que não temos nenhum mandamento bíblico pelo qual devemos ignorar ou viver como se a lei não existisse, mas vários mandamentos que nos ensinam a olhar para lei como um ponto de referência e revelação do que é pecar contra Deus e nos submeter pela graça a vivermos em liberdade visando uma total dependência em Jesus Cristo como mediador.

Pela necessidade dessa referência e ponto de partida, precisamos olhar para o dizimo como um ato de justiça pela ótica da lei usando a graça e a nova aliança como um filtro. Desejo analisar a lei como ponto de referência e projeção para elevarmos o patamar e encontrarmo-nos com a graça.

Os Dez Mandamentos (Êxodo 20)é a lente que vou usar para aplicar o princípio do dizimo sem o medo de encontrar-me com um espirito ganancioso, religioso e obrigatório; que me leva a um relacionamento religioso e com segunda intenções com Deus na área financeira. Vamos a análise:

1. Não terás outros deuses diante de vós.

Jesus disse em Mateus 6:24: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.”

- Não tem como andar com Deus e o dinheiro no mesmo nível de comprometimento e intensidade. Não temo como ser devoto, piedoso e sério com Deus e não se submeter a Ele na área financeira também. O dinheiro não é neutro. Ele tem um poder próprio de atração e fixação da atenção do ser humano. Exemplo: Se você deixar uma garrafa de água em cima do púlpito, provavelmente no próximo dia ela estará lá, mas se você deixar uma nota de dinheiro no mesmo lugar, ela chamará a atenção de todos no ambiente. Mesmo as pessoas com o coração mais puro, procurarão o dono ou responsável por aquela nota, ela não é neutra.

- Não há conciliação entre Deus e as riquezas, foi isso que Jesus quis dizer. O dinheiro se torna um Deus diante de nós quando damos mais atenção, tempo e valor a ele e menos as coisas de Deus.

2. Não te encurvarás diante deles e nem os servirás.

Fazemos qualquer coisa por dinheiro? A nossa sociedade é o reflexo dessa realidade. Quantos crimes e atos de corrupção imagináveis tem chacoalhado a nossa sociedade em nossas dias? Tudo por amor ao dinheiro, tudo por ganancia e poder.

Se encurvar diante do dinheiro é colocar as nossas prioridades, principalmente com Deus e na família, em segundo plano.

Exemplo: Você falta um culto de Domingo e não sai com a sua família para passear por causa de uma simples dor de cabeça, mas jamais faltou um dia de trabalho pela mesma razão.

Se encurvar é renunciar seus princípios pelo beneficio da remuneração e recompensa monetária.

3. Não tomarás o nome do Senhor em vão.

Tomar o nome do Senhor em vão em relação ao cumprimento do princípio do dizimo é fazer pouco caso ou negligenciar os mandamentos de Deus em sua palavra.

Não temos um versículo ou mandamento neo Testamentário condenando o dizimo ou mandando que não pratiquemos esse princípio. O Apóstolo Paulo teve uma grande oportunidade de fazer isso em Colossenses 2:16-17 quando disse: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Paulo, poderia ter acabado com toda critica e argumento teológico dos nossos dias quanto a questão do dizimo aqui, pois até sobre guardar o Sábado ele nos ensinou, mas não o fez.

Outra coisa é que temos a confirmação de Jesus a cerca do princípio em Mateus 23:23. Quando não obedecemos esses mandamentos e princípios levamos em vão o nome do Senhor, pois negamos a sua palavra e a obediência a ela.

4. Lembrarás do Sábado, para se Santificar.

Jesus disse em Marcos 2:27-28 que Ele é Senhor do Sábado e o que o Sábado foi feito para o homem e não o homem para o Sábado. Usando essa lógica é nítido afirmar que o dizimo também foi feito para o homem e não o homem para o dizimo.

O dizimo é um ato de responsabilidade de Deus para conosco, confiando que nós não comeríamos tudo aquilo que ele colocaria em nossas mãos, mas usaríamos do princípio do amor e da partilha para providenciar recursos não somente para sua obra na Terra, a igreja, mas também uns para com os outros.

Nos santificar é olhar para o próximo e vendo a sua necessidade, ser a figura de Cristo em sua vida, usando dos recursos que o próprio Deus nos deu para dar descanso e provisão a ele.

5. Honra teu pai e tua mãe, para que vivas longos dias na terra.

Vejo Deus como meu pai e honrar a Ele é obedece-lo. Se vamos negociar seus princípios por opinião ou capricho teológico, estaremos desonrando Ele e jamais desejo viver ou ser dessa maneira.

Outra coisa é querer deixar um legado na área financeira para as gerações futuras seguirem também. Quando eu entrego meu dizimo eu estou mostrando e ensinando aos meus filhos quem é Senhor na minha vida e a quem devo tudo que tenho. Quero deixar esse exemplo para que futuramente eles possam viver em total consagração a Deus em suas vidas.

6. Não Matarás.

O que se faz por dinheiro hoje em dia esta estampado nas capas de jornais e notícias de todo o mundo. Sabemos o que o amor ao dinheiro é capaz de fazer.

O dizimo diz para o dinheiro quem é seu dono e que ele é somente um acessório na minha vida. Ele jamais terá o poder de me influenciar a renunciar meus valores e princípios e desonrar o nome do meu Deus. Dizimar é dizer quem é Senhor e de qual é a fonte de todos os recursos na sua vida.

7. Não Adulterarás.

Será que não entregar todas as áreas das nossas vidas a Deus, pode ser considerado um ato de traição? Você aceitaria um relacionamento com alguém que prometesse uma entrega de somente 90%? Jesus já nos ensinou que não há conciliação entre servir a Deus e as riquezas e não entregar meu dízimo significa assumir o controle de uma área na minha sem a submissão a Deus, isso para mim seria uma traição e um ato de falta de confiança.

8. Não furtarás.

Em Malaquias 3:10, o profeta tem um diálogo com o povo de Deus em um tempo de calmaria e estabilidade na nação. Eles ficaram tão tranquilos e seguros que negligenciaram os princípios de Deus ao ponto de serem chamados de ladrões de Deus.

Acredito que estamos vivendo nesse tempo onde o relativismo assumiu tal proporção na nossa sociedade que valores como a família e outros tem perdido sua importância e relevância. A área financeira também tem experimentado essa depreciação e o povo de Deus hoje também tem se esquecido disso.

Se Jesus veio cumprir a lei e não aboli-la (Mateus 5:17-18), devemos olhar para Cristo como exemplo e também não permitir que a possiblidade de roubarmos a Deus exista.

A nossa ganancia e avareza são fatores internos que roubam uma vida de consagração e piedade com Deus e nos levam a cometer esse crime.

Precisamos admitir que se a Bíblia diz que existe a possibilidade de roubarmos a Deus, essa possibilidade ainda existe hoje e a nossa ganância e a falta de responsabilidade com as coisas de Deus é o maior fator para que nos submetamos a essa realidade.

9. Não darás falso testemunho contra teu próximo.

Quando eu testemunho do amor de Deus, mas não tenho compromisso com seus princípios e mandamentos, não estou de fato sendo hipócrita e dando falso testemunho?

Quando tenho a capacidade de dizer: “Jesus te ama”, mas não me comprometo com Ele em todas as áreas da minha vida, será que estou sendo real e coerente com aquilo que creio?

A departamentalização da vida cristã nos nossos dias é um mal terrível que se alastra pela igreja. Colocamos a piedade, os bons costumes e o bom testemunho em gavetas pelo qual só abrimos em momentos de necessidade. Precisamos voltar a uma vida e missão integral com Cristo.

10. Não cobiçarás a casa, a mulher, o escravo, bens e coisa alguma do teu próximo.

Quando o dinheiro assume um lugar de prioridade na nossa vida, ele não vem sozinho, mas traz consigo alguns maus que penetram em nosso ser transformando-nos em pessoas altamente invejosas e competitivas malignamente.

O mau da comparação nos aflige e vivemos a partir do estilo de vida do outro, não reconhecendo a Deus em nossos caminhos e dos consumindo pela a inveja e a cobiça. Quando isso acontece, já estamos contaminados, dominados e escravizados pelo dinheiro e já não servimos mais a Deus.

O dizimo é a chance de dizer não a isso. O dizimo diz que não sou dono de mim mesmo, e o que tenho até hoje, foi Deus que me deu. Dizimar é ter contentamento e gratidão, isto é ter satisfação no que é e prazer no que se possuí, sem expectativas absurdas do amanhã. Dizimar é ter Deus.

Conclusão: Dizimar não é um princípio do Velho Testamento e nem um novo patamar no Novo Testamento em sua essência, e sim um reconhecer de Deus em tudo que somos e temos. Dizimar é dizer não a ganancia, a cobiça e a auto-suficiência.

Dizimar não é ter mérito, é reconhecer a fonte da graça abundante e interminável dádiva de pertencer a família de Deus e compartilhar do que temos recebido.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Nossa Realidade Espiritual

Em seu livro "Vivendo com Propósitos", Ed René Kivitz expressa a realidade espiritual de muitas pessoas que se aproximam da religião e dos mitos a cerca de deus e da verdadeira pessoa Deus. Creio que suas colocações são diagnósticos verídicos da realidade atual da igreja e das pessoas em busca de soluções e respostas para seus sofrimentos e perplexidade:

"Creio que não são poucos os que estão sinceramente errados em sua peregrinação espiritual.  Caso seja possível, e assim creio, existe muita gente relacionando-se com o Deus certo, mas da maneira errada.  Estão iludidos por falsas convicções a respeito de como experimentar a bondade de Deus. Crêem, de fato, que Deus é capaz de oferecer descanso para nossas almas, de encher-nos de paz que excede todo entendimento, de alegria plena e vida abundante (ou completa), mas desconhecem os processos da peregrinação espiritual e podem enquadrar0se em alguns dos principais equívocos a respeito da dinâmica da espiritualidade cristã.

São capazes, por exemplo, de acreditar que as dádivas de Deus independem de suas próprias atitudes. Imaginam que os favores de Deus vem automaticamente pelo simples fato de que crêem em Deus.  Por exemplo, acreditam que podem continuar vivendo de maneira egoísta, orgulhosos de sua humildade e cheios de empáfia contra aqueles que, pelo menos em sua opinião, são menos iluminados.  Talvez não tenham ouvido que Deus opõe-se aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes, e que se alegra em atender os que pedem com fé, sem vacilar.

Por outro lado, há os que imaginam que a dádivas de Deus são respostas apenas as atitudes interiores abstratas e que desconsideram a necessidade dos exercícios espirituais, da busca disciplinada, do esmurrar o corpo para não ser desqualificado, da oração perseverante, do estudo incansável das Escrituras Sagradas para que a Lei seja alimento de meditação diuturna.

Há os que pensam que todos os favores de Deus são experimentados em termos definitivos, isto é, aquele que recebeu uma graça fica com ela para sempre.  Perguntam-se, atônitos: "Mas eu entreguei a minha vida a Deus? Então, por que não tenho alegria?" Talvez, careçam ouvir o apostolo Paulo ensinando que a alegria é fruto do Espírito Santo e que apenas aqueles que se deixam continuamente encher pelo Espírito a experimentam.  Ou, quem sabe, devem atentar melhor para a declaração de que o caráter de Cristo é formado em nós processualmente, com glória cada vez maior, custando inclusive dores de parto aos que trabalham em nosso favor, de modo que somos sempre encorajados a desenvolver nossa salvação com temor e tremor, algo como abrir a caixa de recursos que Deus colocou em nossas mãos e aprender a usar as ferramentas, uma de cada vez.

Existem também os que esperam uma experiência espiritual instantânea, que os conduza definitivamente a um status permanente de plena satisfação e realização.  São pessoas que crêem que, se orarem hoje e Deus lhes apaziguo o coração a respeito da enfermidade do pai hospitalizado, não precisarão orar amanha, pois já receberam a paz que excede todo entendimento. Na manha seguinte, ao se perceberem novamente perturbados, questionam onde está o seu erro.  Estaria Deus falhando em cumprir sua promessa, ou a fé com que buscaram a Deus era fraca? Ou, pior, Deus os estaria punindo por um pecado ou outro que desconheciam (ou, pior ainda, que conheciam)? Falta-lhes o esclarecimento de que a experiência espiritual cristã é dinâmica. Jesus não prometeu um copo de agua que mataria definitivamente a sede. O que Jesus prometeu foi que, do interior de quem crê, brotara uma fonte a jorrar para a vida eterna, e isso sugere que a essa fonte devemos recorrer sempre, e novamente, e de novo, para que, toda vez, quando nosso espirito se perturbar ou for perturbado, encontremos descanso e provisão."
Ed René Kivitz - Vivendo com Propósitos; Editora Mundo Cristão

Não há necessidade de dizer mais nada...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Estrada...

A nossa jornada da vida é caminho de deixar falas, pensamentos, toques, relacionamentos, presença, amizade, choros e alegrias e em cada um desses encontros deixamos pontos, pequenos pontos.

Alguns deles brilham ao ponto de refletir e abrir caminhos lá na frente da jornada, outros estão tão ofuscados que a única coisa que eles refletem são lembranças que ajudam a cuidar dos buracos na estrada pela frente. Quem me dera deixar todos esses pontos encharcados de sangue, aí sim abandonaria a mochila da culpa, da consciência pesada e do fardo de carregar alguns viajantes nos ombros e no coração. Pretendo viajar sem nada, pretendo.

A chave de se fazer uma boa jornada é confiar no guia, não de olhos fechados, pois afinal de contas, Ele nos deu um mapa próprio. Os buracos e os atalhos não são mais desvios de rota, mas decisões de tentar-se chegar mais rápido. O pior é que jamais se chega mais rápido por eles.

O que nos resta nessa jornada? Olhar, vislumbrar a beleza que existe nela, Oh! E quanta beleza há! Sorrisos, histórias, gargalhadas, tristezas verdadeiras; sabe aquelas que valem a pena chorar: Não porque o pneu furou no caminho, mas porque se perdeu um parceiro de bater pó.

E o amor pelas metáforas? Ai, se um dia elas perdessem o sentido e aí poderíamos falar abertamente, sem maquiar o imaculável.

Abandonar o medo para colocar o pé na estrada é a única forma de se viver verdadeiramente...

Colocando a Casa em Ordem