quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Estrada...

A nossa jornada da vida é caminho de deixar falas, pensamentos, toques, relacionamentos, presença, amizade, choros e alegrias e em cada um desses encontros deixamos pontos, pequenos pontos.

Alguns deles brilham ao ponto de refletir e abrir caminhos lá na frente da jornada, outros estão tão ofuscados que a única coisa que eles refletem são lembranças que ajudam a cuidar dos buracos na estrada pela frente. Quem me dera deixar todos esses pontos encharcados de sangue, aí sim abandonaria a mochila da culpa, da consciência pesada e do fardo de carregar alguns viajantes nos ombros e no coração. Pretendo viajar sem nada, pretendo.

A chave de se fazer uma boa jornada é confiar no guia, não de olhos fechados, pois afinal de contas, Ele nos deu um mapa próprio. Os buracos e os atalhos não são mais desvios de rota, mas decisões de tentar-se chegar mais rápido. O pior é que jamais se chega mais rápido por eles.

O que nos resta nessa jornada? Olhar, vislumbrar a beleza que existe nela, Oh! E quanta beleza há! Sorrisos, histórias, gargalhadas, tristezas verdadeiras; sabe aquelas que valem a pena chorar: Não porque o pneu furou no caminho, mas porque se perdeu um parceiro de bater pó.

E o amor pelas metáforas? Ai, se um dia elas perdessem o sentido e aí poderíamos falar abertamente, sem maquiar o imaculável.

Abandonar o medo para colocar o pé na estrada é a única forma de se viver verdadeiramente...

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