domingo, 18 de maio de 2014

Diego Costa e a Soberania de Deus

Semana passada o Atlético de Madrid conseguiu o título da "La Liga" após um empate contra seu arqui-rival Barcelona e levantou o título da liga Espanhola após 18 anos de espera.

Algo triste aconteceu durante essa partida quando o Brasileiro, naturalizado Espanhol, Diego Costa se machucou depois de um pique de 50 metros ao lado esquerdo do campo em um contra-ataque de sua equipe ainda no primeiro tempo da partida. Se pudéssemos ilustrar no dicionário a palavra perplexidade com uma foto, eu escolheria a de Diego no momento em que sentiu a sua lesão. O atleta conseguiu segurar o choro até sentar-se no banco de reservas, mas após "cair a ficha" e realizar que essa lesão não só o deixaria fora do restante daquela partida, mas também o deixaria fora da decisão do maior campeonato do mundo"The Champions League"; Diego desabou e não conseguiu conter a sua decepção de que no momento mais importante de sua vida, algo fugiu do seu controle e ele nada poderia fazer.

Todos nós vivemos momentos como esses. Talvez não na dimensão ou exposição de milhares de espectadores, mas cada um de nós passamos por algum momento de perplexidade onde a vida e todas as suas dimensões nos deixam sem respostas ou sem reação.

Fiquei pensando sobre o que deve passar na cabeça de um jogador de futebol quando tudo que ele treinou e se esforçou para cumprir em toda a sua vida, se torna impossível. Quando a realização de um sonho está diante dos seus olhos e se torna tão tangível que é possível sentir o cheiro, e em um piscar de olhos tudo desaparece. De onde extrair esperança? De onde buscar sentido e razão? Como ainda acreditar em algo? Tenho certeza que já fizemos perguntas como essas..

Creio que a única resposta que basta e nos trás algum sentido e esperança está na cruz. Na cruz, aos olhos humanos, Deus perdeu. Não só Deus perdeu, mas Deus morreu. Era tão real que nem as pessoas mais próximas e intimas de Jesus Cristo acreditaram no que Ele mesmo inúmeras vezes havia anunciado (Lucas 24:7). A cruz é a escrita sobre os céus que ainda há esperança, apesar de.

Apesar de se machucar e seus sonhos morrerem; apesar de um câncer abalar as suas emoções e o pavor da morte te assombrar; apesar de não haver esperanças de um dia carregar o seu próprio filho nos braços; apesar de não haver comida suficiente para mais uma refeição; apesar da calúnia e da difamação assolarem a sua reputação e caráter; apesar de...

A cruz é a resposta de Deus para a perplexidade, pois o tempo parou por um dia esperando a esperança dar as caras. Aquele Sábado foi o dia mais perplexo de toda a história da humanidade, pois só três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo sabiam de verdade o que aconteceria ao amanhecer (se você acredita que Jesus foi ao inferno, que não é a minha posição teológica, então talvez os demônios sabiam também).

A cruz é a resposta quando o mundo desaba e a esperança morre. A cruz é a resposta para "Os" Diego Costa do mundo; é a única esperança que há algo maior e mais que o futebol, o câncer, a gravidez ou a conquista aqui e agora. Há algo maior que o dinheiro, a lenda e o hall da fama. O Filho de Deus renunciou o poder, a glória, a possibilidade de se tornar uma lenda e trocou todas essas coisas pela dor, o sofrimento, a vergonha e a maldição. Onde está a esperança nisso? Está no fato de que Ele não precisava ou tinha o dever de fazer isso; Ele quis.

A cruz acusa a nossa idolatria e auto-suficiência. A cruz revela os altares que o nosso coração é propenso a descansar e confiar. A cruz anuncia que é impossível salvar a nós mesmos e que sempre buscaremos algo para nos prostrar que não seja eterno. A cruz denuncia que o futebol, a gravidez esperada, a cura do câncer ou o suprimento da fome podem ser mais do carências e sonhos e sim requisitos que apresentamos a Deus para crermos na Sua soberania e paternidade. Que loucos e debochados que somos!

A cruz fala bem alto para o Diego e para nós que as coisas finitas desse mundo não podem nos dar o que tanto queremos: significância. A cruz responde o "Porque?" e anuncia que a pergunta foi substituída a partir daquele dia por outra: Para que?











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