quinta-feira, 26 de abril de 2012

Somos constantemente tomados por sentimentos diários de abandono e desistência.  A chave da permanência é a ação diante dessas possibilidades, se elas são reais ou irreais.  Podemos viver todos os dias baseados em idéias e forças exteriores que tentam nos mover em direção oposta a realidade, a realidade no sentido de existência, e isso eu me refiro a Cristo.

Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" e temos uma tendência a pensar que a verdade pela qual Jesus se identifica como ela própria, não é algo em oposição a mentira.  Jesus está falando de verdade em relação há realidade, a tudo que há e existe.  Por isso que o Apóstolo Paulo vai dizer em Atos 17:28 que "Nele vivemos, nos movemos e existimos", ou seja, Jesus não é uma possibilidade de acerto ou razão, mas a realidade de existir.  Com Ele tudo é possível, inclusive ser humano, e sem Ele nada existe.

Quando conseguimos de fato compreender a dimensão pela qual estou falando da pessoa de Cristo em relação a própria existência, aí de fato todos os problemas de identidade e caráter se vão, pois não existe outra possibilidade de sentido existencial além de ser Cristo.

Acredito que Deus fez um molde pelo qual todo ser humano se encaixa ou pode ser inserido.  O Apóstolo Paulo nos ensina que Cristo é "a imagem do Deus invisível, o primogênito da criação" (Cl 1:15), portanto todas as possibilidades de nos tornarmos seres humanos de verdade, criados a imagem e semelhança do Altíssimo dependem de nossa escolha de sermos conformados ao molde.

Agora, não é fácil, pois a única forma de cabermos exatamente no molde preexistente é morte.  Enquanto houver vida própria em nós, alguma parte do nosso corpo ficará fora do molde e nunca seremos exatamente o que o criador deseja que sejamos.  Ao mesmo tempo que isso nos remete a decisões e escolhas fundamentais em nossas vidas, causando pavor e temor; ao mesmo tempo nos remete a um esperança fora do comum de grandes possibilidades de experimentarmos a natureza do ser pre-queda.

Jesus foi um homem (100%) sujeito e submisso a vontade de Deus enquanto ser humano.  O molde, depois a morte, nos da a oportunidade de nos conformar a essa imagem e termos a experiência talvez mais cheia de êxtase e total significância que já experimentaremos enquanto humanos, pre-glória.

Que tamanha esperança e descoberta. Que possibilidade fantástica.  Posso verdadeiramente ser filho.  Posso viver a experiência da adoção.

A desistência para de ser uma opção.


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