segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Uma carta escrita, conhecida e lida por todos os homens...

A cada dia que passa me sinto mais frustrado e enfurecido pelo o que vejo na mídia hoje como exemplo do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo.  Sei que devemos "ter paz com todos" e "fortalecer os mais fracos" e toda essa postura passiva e compreensiva a cerca de homens que pouco sabem a cerca do Cristo das escrituras sagradas.  O medo, a culpa e a ganância se tornando cada dia mais uma demonstra fácil e prática de um "evangelho" corrompido e cheio de direitos e reinvindicações.  Pergunto-me: É essa a graça de Deus?

No evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo vejo uma tela sendo pintada por um Deus amor que aceita, recebe, ama incondicionalmente a todos independente de suas ações e reações. Vejo um Cristo servo, amigo que suporta e agüenta até o mais absurdo comentários de seus mais íntimos amigos.
Como um pastor jovem às vezes sinto desprezado, ou melhor, dizendo colocado de lado por ter convicções que por muitos parecem ser arrogantes e pretensiosas por acreditar em absolutos e ser visto com um conservador que acredita na Bíblia.  Ao ler isso muitos já estão pensando assim desse próprio texto. Mas decido ser decidido.  Para mim o verdadeiro cristão (pequeno Cristo e não o que representa uma religião) precisa ter convicções e viver acima das críticas.  Óbvio que essas certezas devem passar pelo filtro do evangelho e serem colocadas na mesa da discussão e negociação e debate quando não confrontam de frente a lógica do evangelho de Cristo.  Acredito que a Trindade, Jesus como único e suficiente Salvador e as Escrituras Sagradas como autoridade máxima sobre a vida de cada cristão não podem ser coisas negociáveis ou discutidas, mas qualquer coisa, além disso, tal como escatologia e etc., podem sempre estar na mesa do debate e da discordância com paz, aceitação e tolerância. Creio que conseguimos viver como corpo assim.  Diferente não quer dizer errado ou incorreto.

Escrevo esse texto não de um ponto de vista de preocupação com a igreja (organismo) ou a igreja (instituição), pois creio que precisamos dos dois modelos para expressarmos nossa espiritualidade, mas de um ponto de vista de um jovem pastor, sem experiência talvez, mas enfurecido com uma abordagem de um evangelho fácil, baseado em mérito e demérito e cheio de direitos e reivindicações.  Acredito que se continuarmos a ver a igreja e o evangelho por essa ótica corremos o risco de viver todos os relacionamentos de nossas vidas assim também.  Isso me entristece.

Graças a Deus creio que a igreja não precisa de advogado, pois já tem.  Não precisa de defensor, pois também já tem e é o próprio edificador e dono dela, Jesus Cristo.  Então creio que ela vai bem e muito bem e vai continuar bem, adornada e sem mácula.  Mas com alguém que vive dentro dela, quero trazer sempre a mensagem da graça e do amor incondicional, não baseado em mérito/demérito, culpa ou medo, mas sim em um Deus que é amor, absoluto, soberano e relacional.

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